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2012 - Livro Vermelho 2013

Phyllanthus gladiatus Müll.Arg. VU

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 03-09-2012

Criterio: D2

Avaliador: Danielli Cristina Kutschenko

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Phyllanthus gladiatus é uma espécie arbustiva ocorrente nos Estados da Bahia, Espírito Santo e Minas Gerais, em altitudes de até 1.300 m. Ocupa uma AOO de 20 km². Estudos revelaram que a espécie tem germinação e propagação vegetativa difícil. Ocorre somente em solos arenosos a argilosos e é restrita a ambientes com floresta sombreada de Restinga. Os ambientes de Restinga sofrem atualmente drástica influência antropogênica, devido à ocupação desordenada, mineração e agricultura, havendo somente pequenas manchas remanescentes. Em razão de sua distribuição restrita, da especificidade e da redução de hábitat, P. gladiatus foi considerada "Vulnerável" (VU).

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Phyllanthus gladiatus Müll.Arg.;

Família: Phyllanthaceae

Sinônimos:

  • > Diasperus gladiatus ;

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Distribuição

A espécie ocorre nos Estados Bahia, Espírito Santo (Secco et al., 2012) e Minas Gerais (CNCFlora, 2012).Em Minas Gerais a espécie foi encontrada em altitude de 1300 m (Irwin, H. S., 22693, MOBOT 29660534).As subpopulações distribuídas fragmentadamente ao longo da costa arenosa sugere que no passado a espécie tinha distribuição contínua, em locais mais úmidos, com matéria orgânica abundante e baixa radiação como os encontrados no interior das restingas (Santiago; Louro; Emmerich, 2006).

Ecologia

A espécie é arbustiva, com cerca de 3 m de altura. Ocorre no interior da costa do Espírito Santo, em floresta sombreada sobre solo arenoso ou argiloso, raramente em vegetação de capoeira (Santiago et al., 2006)As plantas masculinas florescem em fevereiro e as plantas femininas em janeiro, abril e maio, com frutificação em maio. De acordo com Weimberg (1983) a espécie frutifica a cada três meses(Santiago; Louro; Emmerich, 2006).No Nordeste é encontrada apenas no sul da Bahia, crescendo tanto nas bordas quanto no interior de matas (Silva; Sales, 2008)A espécie ocorre em locais sombreados e úmidos. Estudos indicam que a germinação e propagação vegetativa da espécie e difícil, bem como as plântulas apresenta crescimento lento (Santiago; Louro; Emmerich, 2006).

Ameaças

1.4 Infrastructure development
Severidade high
Detalhes A espécie é considerada vulnerável a extinção devido ao seu endemismo na costa arenosa, uma região sujeita a drástica influencia antropogênica (Santiago; Louro; Emmerich, 2006).

1.1 Agriculture
Severidade high
Detalhes Uma grande porcentagem da restinga do Estado de Espírito Santo já foi destruída pela agricultura (SEAMA, 2001).

3.3.1 Subsistence use/local trade
Incidência local
Severidade very high
Detalhes A vegetação densa e baixa torna a restinga uma fonte de madeira e lenha muito apreciada para residências ou pequenas indústrias (Aguiar et al., 2005).

1.4 Infrastructure development
Severidade medium
Detalhes A restinga ao longo da costa brasileira está sob intensa pressão da ocupação humana e conseqüente alteração da paisagem original (Mantovani, 2003).

Ações de conservação

1.2.1.2 National level
Situação: on going
Observações: "Deficiente de dados" (DD), segundo a Lista vermelha da flora do Brasil(MMA, 2008), anexo 2.

Referências

- SECCO, R.; CORDEIRO, I.; MARTINS, E. R. Phyllanthaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/index?mode=sv&group=Root_.Angiospermas_&family=Root_.Angiospermas_.Phyllanthaceae_&genus=&species=&author=&common=&occurs=1&region=&state=&phyto=&endemic=&origin=&vegetation=&last_level=subspecies&listopt=1>.

- AGUIAR, A. P.; CHIARELLO, A. G.; MENDES, S. L.; MATOS, E. N. Os Corredores Central e da Serra do Mar na Mata Atlântica brasileira. Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica e Conservação Internacional, 2005. 119-132 p.

- SANTIAGO, L. J. M.; LOURO, R. P.; EMMERICH, M. Phyllanthus section Choretropsis (Euphorbiaceae) in Brazil. Botanical Journal of the Linnean Society, v. 150, p. 131-164, 2006.

- SILVA, M. J.; SALES, M. F. SINOPSE DO GÊNERO PHYLLANTHUS (PHYLLANTHACEAE) NO NORDESTE DO BRASIL. Rodriguésia, v. 59, n. 2, p. 407-422, 2008.

- SEAMA - SECRETARIA DO ESTADO DO ESPíRITO SANTO PARA ASSUNTOS DO MEIO AMBIENTE. Prioridades ambientais do estado do Espírito Santo, 2001.

- MANTOVANI, W.RIBEIRO, W. C. A degradação dos biomas brasileiros. São Paulo, SP: Universidade de São Paulo, 2003. 367-439 p.

- MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Instrução Normativa n. 6, de 23 de setembro de 2008. Espécies da flora brasileira ameaçadas de extinção e com deficiência de dados, Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 24 set. 2008. Seção 1, p.75-83, 2008.

Como citar

CNCFlora. Phyllanthus gladiatus in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Phyllanthus gladiatus>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 03/09/2012 - 13:05:17